Regras para a nova bolha de investimento em startups


Creio que nem toda catástrofe gere polêmica, nem toda polêmica gere catástrofe. Mas ainda não achei uma conjugação satisfatória em toda essa conversa de “nova bolha de investimentos” em startups.

Gostei dos fatos apresentados recentemente por Paul Carr e Sarah Lacy, na Techcrunch TV. Para eles, o aumento da valorização de algumas startups – o assunto que virou alvo de especulações pela mídia – não chega a ser perto do que aconteceu na virada do milênio. Clique na imagem e assista.

Afinal, bolha foi quando se jogou – e gastou – montes de dinheiro indiscriminadamente na Bolsa de Valores. Agora, as startups super valorizadas (Facebook, Zynga, Twitter, LinkedIn, GroupOn, etc) nem chegaram a fazer seus IPOs (oferta pública inicial, abertura de capital na bolsa). Além disso, essas startups apresentam faturamento crescente.

Em todo caso, achei um ponto de vista defensável. Aliás, é defensável porque é uma perspectiva, apresentada pelo ex-empreendedor, agora professor universitário, autor e mentor de “lean startups” Steve Blank.

Para Blank, há uma nova fase no mundo das startups. Ele mesmo chama de bolha, mas o fato é que ele apresenta um framework para uma abordagem interessante de novos negócios. Em post recente, Blank explica os sinais de que há uma bolha e esclarece alguns cenários. Abaixo, faço uma tradução livre e resumida.

Caminhos para a liquidez: uma breve história dos investimentos em startups

  • Anos Dourados (1970 – 1995): construa um negócio crescente com lucro consistente comprovado (no mínimo um ano) e abra na Bolsa quando chegar a hora;
  • Bolha Ponto.com (1995-2000): “qualquer coisa serve”, já que os mercados clamam por ideias, promessas vagas de crescimento futuro, e as IPOs acontecem independentemente de lucratividade ou história consistente;
  • Lean Startups/De volta ao básico (2000-2010): venture capital limitado, falta de confiança e de fundos: poucas aquisições, fusões e IPOs;
  • A nova bolha (2011 – 2014): E lá vamos nós outra vez…

Clique na imagem e assista.

Regras para a Nova Bolha: 2011-2014

  • Sinais: desde o ano passado, as avaliações para capital semente e crescimento estão inflando rapidamente; e contratar talentos no Vale do Silício está cada vez mais difícil desde a bolha de 2000; investidores estão perguntando abertamente onde isso vai parar.
  • Escala de tirar o fôlego: nunca antes na história do comércio houve forças de mercado tão grandes: startups já podem pensar em um Mercado Disponível Total de bilhões de usuários (smart phones, tablets, PDs, etc);
  • As novas saídas: em 1998 ou mesmo 2008, as regras para se criar uma empresa são diferentes. As saídas (retiradas de capital) nos próximos três anos vão incluir IPOs e aquisições. Diferente da bolha anterior, as startupsde agora tem faturamento real, mas mesmo assim esse movimento vai atrair startups com números menos estelares, a qualidade dos IPOs vai diminuir rapidamente e as startups vão estourar, explodir. Ao mesmo tempo, as oportunidades de aquisição vão aumentar, enquanto grandes companhias que não conseguirem manter  o ritmo da inovação nos mercados emergentes da Internet, vão fazer inovação aberta comprando startups. Finalmente, novas formas de liquidez estão emergindo, como “private-market stock exchanges for buying and selling illiquid assets” (tipo SecondMarketSharesPost, etc).
Ferramentas na nova bolha:

As startups de hoje tem as ferramentas necessárias para um curto ciclo de desenvolvimento e rápida adoção de consumidores – – Agile and Customer Development + Business Model Design.
Quatro passos para a Epifania (Four Steps to the Epiphany), Geração de Modelos de Negócios (Business Model Generation) e o movimento de Lean Startup tornaram-se o be-a-bá das startups. A recompensa: nesta bolha, uma startup pode ativamente se construir para ser adquirida. Veja como:
  • Ordem da batalha: cada mercado tem um número finito de aquisidores, proponentes, negociantes. Cada um procura preencher buracos específicos em seus produtos ou mercados. Então, não é um problema incalculável determinar com quem você vai falar.
  • Larga adoção: as startups a vencerem a bolha serão as que conquistarem larga adoção (seja com freemium, crescimento viral, custos baixos, etc) e distribuição massiva (marketplace do Facebook, Android, Apple, etc). Elas vão focar primeiro em bases de usuários massivas, e deixar o faturamento seguir depois.
  • Visibilidade: durante a era das lean startups, o conselho foi claro – foque em construir a empresa e evite o hype. Agora o conselho mudou. Como toda bolha, esta é uma dança das cadeiras. Enquanto você ainda precisa de foco em clientes para seu produto, precisa também estar em todo lugar e parecer maior do que na vida real. Apareça e fale em conferências, esteja em vários blogs, use redes sociais e construa uma marca. Na nova bolha, Relaçõs Públicas pode ser seu novo melhor amigo, então invista nisso.

O que aprendemos: diferente da última bolha, esta não é sobre conceitos e visões; você precisa entregar, e isso requer construir uma empresa.

FONTE: Startupi

As vagas estão nas pequenas empresas


Mercado aquecido e economia em novo ciclo de expansão. É diante desse cenário que as pequenas empresas vêm ganhando um enorme espaço.

Hoje, elas lideram a geração de empregos com carteira assinada no país. Só nos últimos oito meses criaram 1,3 milhão de vagas, o dobro das médias e grandes. E a previsão do Sebrae é que até o final do ano esse número chegue a 2 milhões.

“As pequenas — e até as médias — crescem a todo vapor e vivem uma dinâmica bem diferente do que víamos há 20 anos”, diz Roberto Amatuzzi, sócio da Excelia, consultoria de negócios voltada à profissionalização de companhias médias.

Na briga pelos novos investimentos que invadem o Brasil e para se tornar mais competitivas, as pequenas e médias empresas (PMEs) correm em busca de gestão profissional.

O resultado é que passaram a atrair cada vez mais mulheres, jovens em início de carreira e profissionais experientes que já não têm espaço nas grandes organizações. Dados do último anuário realizado pelo Sebrae em conjunto com o Dieese mostram que de 2000 a 2008 houve aumento de postos de trabalho para jovens na faixa dos 25 aos 29 anos, passando de 19,7% para 20, 3%, o equivalente a 553 132 novos empregos para essa faixa etária.

A oferta para os mais velhos também melhorou. “Há lugar para quem passou dos 50 anos em setores que sofrem com a falta de mão de obra especializada, como a construção civil”, diz Leonardo Mattar Altoé, analista do Sebrae. “Muitas companhias até trazem de volta aposentados por não ter gente suficiente.”

Tendência que deve se manter nos próximos dez anos, diante da expectativa de crescimento da economia. Estimativas da LCA Consultores mostram que, em 2020, o PIB per capita deve dobrar, atingindo 22 700 dólares.

Valorização dos quarentões Esse crescimento também está beneficiando profissionais acima dos 40 anos.

“A crise americana foi um divisor de águas para os mais seniores”, diz Rodrigo Vianna, gerente da Hays, empresa de recrutamento, com escritório em São Paulo.

De acordo com o consultor, as multinacionais foram bastante afetadas pelas turbulências, o que refletiu em demissões, sobretudo de executivos com maior bagagem.

“Por ter sido pouco impactadas pela crise, as companhias de menor porte acabaram se recuperando mais rápido e abrindo oportunidades”, diz Rodrigo. O momento, aliás, foi bastante propício para as PMEs que passaram a contratar profissionais experientes, que dificilmente os teriam em seus quadros — afinal, eles estavam desempregados e as grandes já não os queriam mais.

Muitos executivos acordaram para a realidade de que nas grandes eles têm prazo de validade e nas pequenas são mais valorizados ao levarem o conhecimento adquirido durante a carreira. Segundo o consultor, as pequenas se transformaram numa alternativa interessante para executivos de 35 a 42 anos. Ainda assim, as melhores oportunidades são para os jovens. “Não há como negar, o maior volume de contratações está na base da pirâmide e as companhias ambicionam o jovem”, diz Vicente Picarelli, sócio da área de capital humano da Deloitte.

“Quem inicia a carreira hoje está mais aberto do que as pessoas cinco anos atrás, quando o maior sonho era trabalhar em grandes multinacionais”, diz Danilca Galdini, sócia-diretora da Nextview, parceira do grupo DMRH, que auxilia grandes corporações a realizar os programas de trainee. Na pesquisa Empresa dos Sonhos dos Jovens 2010 foi feita uma pergunta sobre o que os levaria a mudar de emprego e a questão tamanho ou fama da empresa ficou em último lugar, com 2% das respostas.

Apesar de as PMEs, em alguns casos, pagarem mais na disputa por talentos, em geral a remuneração é menor em comparação com as grandes empresas. “O diferencial das grandes está nos benefícios”, diz Christian Mattos, consultor sênior da área de talento e recompensas da consultoria Towers Watson.

Embora ele afirme que, no caso de presidentes de companhias com faturamento acima de 1 bilhão de reais, a remuneração chega a ser 40% maior do que a do principal executivo de uma pequena empresa, Christian atenta que a diferença vai diminuindo no nível de média gerência e praticamente inexiste no cargo de coordenação.

Rápida ascensão

Há cinco meses, a administradora de empresas Alinie Mendes, de 25 anos, resolveu buscar uma nova oportunidade. Após três anos na Honda como analista de projeto, queria ampliar seu escopo de atuação. Participou de alguns processos seletivos até ser chamada pela Friboi. Um mês depois, recebeu a ligação da Solvo, empresa de tecnologia da informação, que tem 95 funcionários.

Alinie decidiu largar tudo para ganhar a mesma coisa na Solvo, atrás do seu sonho: trabalhar em uma companhia de pequeno porte. “Vi a oportunidade de colocar em prática minhas ideias”, diz. Feliz com a escolha, já conseguiu implantar alguns projetos próprios na operação e hoje mantém contato direto com os diretores. Ela acredita que está se desenvolvendo na carreira mais rapidamente, já que faz parte do crescimento da companhia. “Participo de perto da estruturação da empresa”, diz Alinie.

Subindo degraus

Quando recebeu proposta para dirigir a área de marketing da RSA Seguros, em 2005, o administrador de empresas Marcelo Biasoli, de 33 anos, não pensou duas vezes.

Vislumbrou a chance de mudar de nível. Na época era gerente de marketing de relacionamento do Unibanco AIG. “Cuidava apenas de uma parte do marketing e na RSA assumiria todo o setor.”

Além de ganhar bem mais, hoje participa dos processos de decisão, tem acesso ao alto escalão e mantém contato direto com o conselho de administração.

De volta para a multi

Enio Petcov, coordenador de crédito e cobrança da Akzo Nobel, de 32 anos, foi e voltou. Em 2007, deixou a multinacional mexicana Femsa Cerveja para dar um salto em uma startup espanhola de cosméticos.

Com salário 30% maior, foi cuidar da área financeira, que tinha 14 funcionários, ajudando a estruturar a nova operação. “Ampliei minha visão de negócios e assumi novas funções.” Depois de algumas promoções, chegou ao limite.

Acima, só o diretor financeiro e o presidente. Não tinha mais como subir. Almejava crescer como gestor. Até que no início de 2010 aceitou convite da Akzo Nobel. Agora comanda uma equipe de nove pessoas.

Fonte: Você S/A

Compras coletivas podem faturar R$ 1 bi em 2011


Fonte: EXAME.com

Em não mais de 20 minutos na internet você vai acabar esbarrando em alguma das já populares ofertas de compras coletivas.

Pode ser pelo Twitter, Facebook, links patrocinados, banners em portais ou até por spam, mas estará lá uma oportunidade quase irrecusável de restaurante, clínica estética, hospedagem, espetáculo teatral, entre os mais diversos produtos e serviços. Conseguindo juntar um grande grupo de interessados em determinada oferta, esses sites fecham parceria com diferentes empresas para comercializar, em formato de varejo, oportunidades em preço de atacado, no chamado modelo “ganha-ganha” – o investidor atrai novos clientes, o consumidor paga mais barato e o site fica com uma parte da transação.

Antes de completar um ano de Brasil, a prática já virou febre entre consumidores, investidores e principalmente entre aqueles que passaram a oferecer a opção. Em dezembro, já eram encontrados mais de 400 sites oferecendo cupons de desconto por valores que variam normalmente entre 50% e 70% a menos que o valor original. Segundo métricas dos próprios players do mercado, em 10 meses de operação, o segmento chegou a um faturamento de aproximadamente R$ 170 milhões, tendo um verdadeiro boom nos três últimos meses de 2010.

“Em setembro foram cerca de R$ 7,5 milhões, número que pulou para R$ 40 milhões em outubro, R$ 58 milhões em novembro e ficou próximo a R$ 48 milhões em dezembro”, destaca Marcelo Macedo, cofundador e ceo do ClickOn. O site teve sua primeira oferta no ar em maio e hoje é uma das opções mais requisitadas entre anunciantes e consumidores.

O pioneiro no mercado brasileiro foi o Peixe Urbano, que em março oferecia seu primeiro cupom de desconto. Começando no Rio de Janeiro com três sócios, hoje está presente em 33 cidades brasileiras e chegou à incrível marca de dois milhões de cupons vendidos em 2010. “Para nossa surpresa, o mercado aceitou o modelo muito rapidamente”, comemora Leticia Leite, diretora de comunicação do Peixe Urbano. “Brasileiro adora desconto. Foi um apelo que pegou na veia”, acrescenta Macedo.

O que também auxiliou o sucesso quase imediato do modelo foi a presença maciça do público-alvo em redes sociais, principal forma de divulgação entre os players. “O público gosta de espalhar novidades, recomendar bons produtos ou serviços. Hoje, mais da metade de nossas compras acontecem por causa de alguma recomendação”, revela Daniel Funis, diretor de marketing do GroupOn – único entre os principais sites presentes no Brasil que vem de um grupo internacional. Iniciando operações no País em maio, com o nome Clube Urbano, passou a adotar a identidade global entre outubro e dezembro. “A filial brasileira apresentou o maior crescimento em todo o mundo”, ressalta Funis.

Quantidade

O boom de novos sites não assusta os líderes de mercado. Todos acreditam que, acompanhado de novas oportunidades, 2011 trará maturidade e consolidação para o segmento de compras coletivas. “O aparecimento e crescimento de outros sites acabou por validar o modelo, provando que o formato era confiável e positivo, mas são poucos que têm uma estrutura sólida e abrangência nacional. Os clientes serão cada vez mais exigentes e os consumidores optarão pelas melhores ofertas. Haverá uma seleção natural”, acredita Leticia. “É um setor fácil de entender e iniciar um negócio, mas com a consolidação, haverá um controle. É possível que vejamos algumas fusões e segmentações em categorias ou regiões, mas os maiores continuarão com as melhores ofertas e ampliando sua abrangência”, analisa Funis.

Futuro

Provando o potencial da ferramenta ao redor do mundo, o Google ofereceu, no final de 2010, nada menos que US$ 6 bilhões pelo GroupOn, que faturou globalmente US$ 500 milhões no ano passado e rejeitou a proposta. Grandes conglomerados brasileiros de mídia, como os grupos Abril e RBS, adquiriram ou lançaram seus próprios sites de compras coletivas – respectivamente Bananarama e Desejomania –, da mesma forma que o apresentador Luciano Huck tornou-se sócio-investidor do Peixe Urbano nos últimos meses. “Esses movimentos mostram que esta é uma direção natural que o comércio está tomando. Esse tipo de modalidade permite que empresas que tinham dificuldade de investir no e-commerce, passem a explorá-lo”, enfatiza o diretor do GroupOn.

Tais fatos levam os participantes desse segmento a previsões das mais otimistas. “Conseguimos bater nossa meta de cinco milhões de usuários cadastrados no ano passado e oferecemos uma economia que já ultrapassa os R$ 120 milhões. Para este ano trabalharemos para conectar o maior número de empresas e clientes, investindo especialmente na expansão geográfica”, detalha Leticia, do Peixe Urbano. “Vamos de três a sete ou nove milhões de usuários, de 18 para 40 ou 50 praças e de 165 a aproximadamente 300 colaboradores”, prevê Macedo, do ClickOn. “Por cálculos internos, acreditávamos no final do ano passado que, em 2011, o segmento de compras coletivas teria um faturamento variando entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões. Hoje já pensamos em R$ 800 milhões e, como teremos um ano completo, não duvido que podemos bater a casa de R$ 1 bilhão”, completa.

Mercado para bilíngue deve crescer 30%


FONTE: Callcenter.info

 

 

Considerado um dos segmentos que mais empregam no país, apenas no estado paulista o setor prevê encerrar 2010 com 400 mil profissionais atuantes na área, sendo que o país já conta com 514 mil funcionários no segmento, o mercado de Call Center também abre novas frentes de empregabilidade com a contratação de profissionais bilíngues.

De acordo com o Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos), nos próximos quatro anos, a expectativa de contratações de colaboradores com um segundo idioma está estimada em 30%. Com a proximidade de eventos mundiais, como a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no país, o setor indica uma oportunidade aos jovens de ingressarem nesse mercado, além de prever um impulso das atividades offshore dentro das operações de call center.

Para Stan Braz, diretor-presidente executivo do Sintelmark, não se pode negar a deficiência educacional que o país tem em relação à formação desse perfil de profissional. “O Brasil é hoje uma das maiores bases de call center do mundo, ficando atrás apenas da Índia. São necessárias ações governamentais para estimular o aprendizado competente de uma segunda língua no país. Contudo, pessoas que possuem essa habilidade podem encontrar no setor chances de trabalho, já que muitas empresas da área estão dispostas a investir neste tipo de operação bilíngue”, comenta o executivo.

Crescimento

Além de representar uma chance aos jovens que desejam ingressar no mercado de trabalho, o setor de call center bilíngue também oferece oportunidades de desenvolvimento rápido da carreira.

“Pelo fato de serem bilíngues, as oportunidades para transferências a outros clientes são maiores e com isso suas habilidades em atuação e desenvolvimento também serão mais exigidas e desenvolvidas. Habitualmente são remanejados para vagas de liderança e gerencial, pois o idioma é um dos pré-requisitos para a promoção ou crescimento profissional”, explica o gerente de Recursos Humanos da Sitel, Fabiano Cinti.

O salário médio de um operador bilíngue é quase três vezes maior do que o de um operador comum. Para quem deseja ingressar na área é importante ter postura, desenvoltura e fluência em um segundo idioma, sobretudo inglês ou espanhol.

Mercado de call center cresce 16,7%


Estudo revela que o setor movimentou R$ 7,8 bilhões no Brasil, em 2009

 

O mercado brasileiro de serviços de call center cresceu 16,7% em 2009, chegando à marca de R$ 7,8 bilhões. O número faz parte do estudo Call Center Services no Brasil, realizado pela IDC.

Após um período de suspense vivido em 2008, com a aplicação da Lei do SAC e o surgimento do “Do not Call” em um momento de fragilidade financeira global, a performance do mercado em 2009 era uma incógnita. Porém, o que se percebeu foi um reposicionamento dos contratantes e contratadas que trouxe transformações positivas, de acordo com Célia Sarauza, gerente de consultoria e especialista em Segurança da Informação da IDC.

“Enquanto a Lei do SAC conseguiu agilizar o amadurecimento dos processos e as operações de atendimento ao consumidor em busca de maior qualidade e eficiência, o Do not Call serviu de filtro para que as empresas não precisassem mais ligar para um público pequeno e que não desejava ser importunado com ações de telemarketing”, declara Célia.

Segundo o estudo da IDC, o número de PAs (posições de atendimento) próprias instaladas no Brasil cresceu 10%, atingindo 153,8 mil posições. Essa expansão reflete dois movimentos: crescimento da demanda por serviços de terceirização de call center, principalmente em crédito e cobrança, retenção e serviços de back-office relacionados à BPO (Business Process Outsourcing); e aumento da oferta de serviços de BPO por parte dos provedores de serviços para atender à demanda por soluções que deem visibilidade do processo como um todo para o cliente.

“O crescimento de PAs próprias só não foi maior em 2009 porque houve, neste período, um forte aumento da demanda por terceirização somente de infraestrutura”, completa a analista da IDC. A maior concentração de PAs está em São Paulo, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Ainda de acordo com a IDC, as perspectivas econômicas para o mercado brasileiro de call center são otimistas para os próximos anos. Muitos projetos de terceirização que haviam sido colocadas na gaveta em 2008/2009, começam a ser retomados em 2010.