Quase 29% dos brasileiros acessaram a internet em 2008, diz estudo


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Cerca de 36 milhões de pessoas economicamente ativas acessaram a internet em 2008, aponta pesquisa da financeira Cetelem.

Quase 29% da população economicamente ativa do Brasil acessou a internet durante o ano de 2008, representando 36,37 milhões de brasileiros, apontou a pesquisa Observador Brasil 2009, divulgada pela financeira Cetelem nesta quarta-feira (01/7).

A representatividade dos internautas brasileiros com idade acima de 16 anos é praticamente estável em relação a 2007, quando foram registrados 39,76 milhões de usuários de internet no Brasil.

Dos brasileiros que acessaram a internet em 2008, 11% o fizeram a partir de casa, 10% em outros locais, 3% no local de trabalho, 2% em casa e no trabalho, 1% na casa de amigos e 1% na casa de parentes.

Cerca de 71% da população ainda não têm acesso à internet, segundo a Cetelem.

O estudo foi realizado em dezembro de 2008 com 1.500 pessoas de 70 cidades, sendo nove em regiões metropolitanas.

Brasil terá 1ª agência de fomento dos EUA


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“Queríamos trazer esta agência para a América Latina e escolhemos o Brasil por ser o país com maior atividade econômica e representatividade na região”

 

O governo americano abrirá no Brasil, ainda este ano, sua primeira agência de fomento econômico na América Latina. A informação foi dada ontem pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, durante teleconferência. Ainda sem orçamento definido, a agência, intitulada USTDA (da sigla em inglês United States Trade and Development Agency), dará ênfase a projetos nas áreas de energia limpa, infraestrutura e tecnologia da informação.

“Já estamos tendo conversas com empresas interessadas. Nossa expectativa é de que o escritório entre em operação nos próximos dois meses e os financiamentos já sejam concedidos ainda este ano”, detalha o diretor regional do Hemisfério Ocidental da USTDA, Nathan Younge.

Younge lembra que a USTDA já opera escritórios na China, Índia e África do Sul. “Queríamos trazer esta agência para a América Latina e escolhemos o Brasil por ser o país com maior atividade econômica e representatividade na região”, comenta ele. Presente no fórum, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, comemorou a iniciativa. Ele terá um encontro nas próximas semanas com os gestores do fundo e o embaixador dos EUA.

Perguntado sobre as medidas que o governo tomará para recuperar sua arrecadação – que nos primeiros cinco meses do ano acumula queda de 6% em relação a igual período de 2008 -, Paulo Bernardo disse que se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima semana, para discutir o assunto. Ele voltou a frisar que o governo já contava com a queda da receita, mas que optou por benefícios fiscais, como redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), por acreditar que estes trariam fôlego à economia.

Conferência discute oportunidades do Brasil no cenário global


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No dia 9 de junho, São Paulo sediará conferência sobre os desafios e oportunidades do Brasil no novo cenário global. O evento, que se realiza no Unique Hotel, integra a série Latin American Cities Conferences, é promovido pela Sociedade Americana (American Society), pelo Conselho das Américas (Council of the Américas) e Movimento Brasil Competitivo (MBC). 

Entre os temas que serão discutidos na conferência estão o relacionamento do Brasil com o novo governo americano, a liderança brasileira em iniciativas de energia e mudanças climáticas, perspectivas de investidores externos para o Brasil e as novas tendências em governança corporativa e seus efeitos no mercado de ações brasileiro.

A conferência contará com palestras de Thomas McLarty, presidente da McLarty Associates, Marvin Odum, presidente da Shell Oil Company, Alan Thompson, diretor de investimentos e América Latina da Temasek Holdings, Elcio Aníbal de Lucca, presidente do Conselho Superior do MBC, Roberto Rodrigues, co-presidente da  Comissão Inter-Americana de Etanol, Susan Segal, presidente e CEO da Americas Society/Council of the Américas e John Wilcox, presidente do GWM Group.

Informações e inscrições para o evento podem ser obtidas pelo e-mail jserrano@counciloftheamericas.org.

Brasil precisa ampliar os investimentos em inovação


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Além de combater efeitos da crise, País deve arquitetar o futuro, diz presidente da Finep: “Temos que construir uma base de empresas tecnológicas capazes de alavancar o desenvolvimento nacional.

Diante do discurso otimista de representantes do Governo de que o Brasil sairá fortalecido da crise econômica mundial, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Luis Fernandes, lembrou que neste momento o País precisa não só garantir a oferta de crédito para as empresas, como ampliar substancialmente os investimentos em projetos de inovação. “Não se pode combater apenas os efeitos imediatos da crise, temos que pensar em construir o futuro”, afirmou Fernandes durante o XXI Fórum Nacional que debateu o novo papel mundial dos Brics na crise global e as oportunidades do Brasil.

No evento realizado nesta terça-feira (19/05) no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da Finep afirmou que a inovação tecnológica foi crucial no crescimento de países como a China e a Índia. Segundo ele, os números de registros de patentes depositadas pelos dois países nos triênios 2001/2003 e 2004/2006, mostram um crescimento na Índia de 60% e na China, de 55%. “Nesse mesmo período, no entanto, o Brasil apresentou retração de 10% no número de depósitos de patentes”, ressaltou Fernandes. “Na saída da crise, temos que nos preocupar em construir uma base de empresas tecnológicas capazes de alavancar o desenvolvimento nacional”, disse o presidente.

Desde a provação da lei da Inovação e da Lei do Bem, a Finep tem diversificado a sua linha de apoio à inovação no País. Desde 2006, ela opera o programa de Subvenção Econômica, que oferta recursos não-reembolsáveis para o desenvolvimento de projetos de inovação em empresas. Recentemente, lançou o Programa Prime, destinado a apoiar empresas inovadoras de base tecnológica que tenham até dois anos. A oferta de crédito reembolsável pela Agência da Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia também passou de R$ 500 milhões, em 2008, para R$ 900 milhões este ano.

“Hoje, a Finep tem procurado combinar os seus instrumentos no apoio à inovação nas empresas”, afirmou Fernandes. As micro e pequenas empresas, por exemplo, já contam com um kit de possibilidades para o apoio ao desenvolvimento de projetos inovadores. Isso inclui recursos do Programa da Subvenção Econômica, do Prime e do Juro Zero, que oferece empréstimos sem juros com pagamento dividido em cem parcelas.

Internautas do Brasil Passam um Quinto do Tempo em Sites de Comunidades


Fenômeno pode estar relacionado com a violência urbana

O tempo gasto em sites de comunidades no Brasil é muito maior do que em outros países pesquisados. Os espanhóis, por exemplo, gastam apenas 5,1% de seu tempo neles e os americanos, 2,8%.

Segundo o diretor-executivo do Ibope Inteligência, Marcelo Coutinho, a navegação por esse tipo de site costuma ser maior em países de língua latina e, em parte, pode ser explicada culturalmente, já que esses povos tendem a ser mais comunicativos. Mesmo assim, o índice brasileiro não encontra igual no exterior.

Para Coutinho, o fenômeno pode estar relacionado com a violência urbana no Brasil. Ele lembra que aqui os usuários de internet, em geral, moram na cidade e pertencem às classes A e B. Coutinho acrescenta que a internet acaba sendo uma alternativa mais barata a programas culturais.
– No Brasil, a violência urbana e a carência de espaços comunitários pode ter algum reflexo no resultado.